segunda-feira, 29 de março de 2010

O vestido rasgado...


Era uma vez uma menina timida que cresceu sem acreditar no casamento, vivia num meio que preferia nao viver, respirava discussoes diarias e chorava fechada em silencio no seu mundinho muito pequeno... a palavra familia so fazia sentido quando estava junto do seu avô cuja vida acabou muito cedo, demasiado cedo, e a menina viu-se realmente sozinha... a morte foi-lhe apresentada desta forma brusca, foi alvo de chacota na escola e não crescia da mesma forma bela que as outras meninas, o 1ª amor de miuda adolescente não podia ter corrido pior, agarrou-se ao amor impossivel que já nem nele queria acreditar e odiava a ideia do casamento como tudo, viveu uma historia de amor no fim da adolescencia mas desprendeu-se por sofrer demais, e quando descobriu alguem que julgara ter lutado ao maximo para conquistar o seu coraçao fragil e de forte tentativa de frieza enganou-se e iludiu-se e de cada vez que as lagrimas rolavam face abaixo era motivo de gozo... ganhou receio de voltar a chorar por tristeza e saudade e amor...a frente de quem quer que fosse, isolou-se virou costas a vida as saidas e amigos... quando se reconstrui interiormente passou a acreditar que podia ser feliz e casar e ter filhos como as amigas da escola que ganharam tudo isso sem grande esforço mas tentou esforça-se...e mais uma vez todo o seu mundo desabou...

viu-se ao espelho e os dedos engelhados e os olhos negros cansados nao permitiam lagrimas...

O vestido não era para ela e ela nunca o vestiria...o sonho desfeito já não o aceitava, acreditava que teria uma cruz possivel e um karma eterno que por algum motivo não ia permitir acontecer...

Acreditava agora que nenhum homem a amara e que no fundo nada era mais que um corpo... e que nunca teria a sorte ou a benção de ser amada do jeitinho que desejava tanto acreditar ser possivel...

essa menina cresceu mas no fundo apenas ainda aguarda ver o seu avô regressar e abraça-la fazendo-a acreditar que a felicidade pode existir e que esmorecer não lhe é permitido... a menina adormeceu com um sorriso afogado em lagrimas e nunca mais quis acordar....

terça-feira, 23 de março de 2010

...


Ao longo da minha vida um puzzle dentro de mim se fez...uma peça aqui outra acola, cada pessoa de alguma forma deixava uma peça ou varias em mim, muitas delas preenchiam o ceu do meu puzzle outras a parte negra que nunca achei que deveriam ali estar, quanto a mim penso que dei poucas peças valiosas pois conheci pessoas erradas que no fundo nunca deram valor nem deveriam ter recebido peça alguma da minha pessoa...
Cada vez vejo que mais rapido se substitui relações, carros, telemoveis, casas e até objectos sem valor pessoais que nunca deveriam ser substituidas!
Não me conformo...
24h de um dia passam tão rapido, acordei num dia e tinha 18 anos e ia para a faculdade, no dia seguinte olhei-me ao espelho as rugas começavam a aparecer e tinha 30 uma vida de rotina hiper stressante e nada a que chama-se mesmo meu...
Já tive romance digno de filme, desentendimentos dignos de idiotice e no fim conclui que um relacionamento com base na amizade e sinceridade e fidelidade era apenas e somente o que desejava...

quarta-feira, 17 de março de 2010

TRUEBLOOD


O meu ultimo vicio a serie Trueblood!!
Sempre amei vampiros mas o Bill mata-me no excelente sentido!!
Tem misterio, charme, poder e acima de tudo um coração protector e romantico!
Deixo um cheirinho...

quarta-feira, 3 de março de 2010

A frase envenenada...



Naquela fria noite de inverno abraçaste-me forte, limpaste a lagrima que fugia face abaixo e sussurraste-me docemente:”nunca te hei-de deixar, ficarei ao teu lado para sempre”, essa frase corrompeu-me como se veneno se tratasse!
Não me matou mas abalou-me...hoje já não é a velhice que vejo ao espelho quando me observo que me assusta mas sim aquela frase da forma que ouvi...
Como é tão facil acorrentar a alma e tão dolorosamente cruel ser forçada a desacorrenta-la...
Aquela frase dá voltas em mim, atormenta as noites e ofusca-me os dias de sol...
Não te sabia tão bom com palavras e tão desligado com sentimentos...
Rápido se foi, mais rápido do que veio...
E aqui estou, numa dessas noites frias em que abafo com a brisa amena que trespassa o meu ser...
Estou mais madura, mais ciente, menos credula e menos sonhadora...
Se imaginasse a desvalor daquela tua frase...
Olho as minhas mãos e deparou-me com o tempo que passa sem treguas e sem piedade alguma e imagino-te aqui, sabendo eu que não voltas e que não desejo esse retorno teu...
O que me aterroriza é a frase ter existido, é a frase não ser eterna e não a desejar ouvir novamente...
O poder de uma frase...
Um sentimento tão banalizado que perdeu todo o significado ora belo ora ilusorio...
Deixaste, não ficaste, nem para sempre nem o nunca deveria ter sido por ti prometido...
Mas eu....eu permaneço aqui...não para sempre, não até nunca mais mas apenas aqui onde me encontraste e onde não me verás como um dia viste...