segunda-feira, 16 de maio de 2011

A tua falta...


As vezes que não to disse e senti... as cartas que te escrevi e não enviei, as vezes que me contorci de desespero pela tua distancia e não te chamei, as vezes que te perdoei para não te perder, as vezes que fingi ouvir verdades para não acreditar nas mentiras, as vezes que olhei para o que desejava ser o que não era, as vezes que te fiz perfeito sabendo tão imperfeito, as vezes que fechei os olhos para não ver o que estava tão claro... o quanto me neguei para viver numa ilusão que achava ditar a felicidade... essa falsa sensação que acumula pregos no peito até já não ter sangue para derramar... não sobrou nada... quando te foste nem lagrimas tinha...
Deveria sentir um alivio, deveria sentir uma liberdade sem igual, deveria sentir que sim eu iria ser feliz de verdade... mas não se ama o certo, não se ama quem se deve... mas pode-se aprender a amar o mais perfeito... pode-se procurar outras afinidades...
Mas nada apaga aquele sentir, aquele desejar, aquele choro abafado, aquele sentir não gritado, aquela paixão sofrega, aquele amor tão impossivel quanto ilusorio, aquele desejar estapafordio....
Se o amor fosse mais simples não era tão intenso, se fosse mais pleno não era tão forte...
Mas a tua falta... não me falta... só o querer e não dever por não existir razão desse querer...