domingo, 31 de julho de 2011

Felicidade


Habituamo-nos a crescer no meio dos que muito tem e dos que pouco tem e tornamo-nos estupidamente ambiciosos e materialistas...
Só agora me dou realmente conta do quanto eu daria, do quanto valeria em ouro um abraço do meu avô... de poder ouvir a voz dele chamar o meu nome, e não poderei voltar a ouvir...
Na adolescencia pedia coisas que via amigas comprarem, capitalismo, marcas ridiculas que sentia poder dar-me vaidade e respeito por aqueles que iam invejar e desejar ter, apercebo-me que já exigia esses pertences aos meus pais que trabalhavam imensamente para me proporcionar uma vida sem reclamaçoes e ainda assim eu criticava, não via, não conseguia aceitar e ser feliz no que considerava pouco...
Agora aos 31 anos só desejo que sejam eles a saber viver no pouco e conseguirem dizer sou feliz!
Não existe nada mais frustrante que desejar sempre o que não se tem, e depois de não se chegar a ter reclamar, insatisfeitos não conseguir gozar aquilo que se tem, que se conseguiu, ou que ainda se tem...
Não imaginam o prazer que me dá ver animais a brincar, o sol a brilhar, a calma da manhã, ver quem amo dormir, abraçar quem quero sempre comigo, pois sei que um dia vou sentir a falta e nenhum dinheiro ou bem irá apagar ou substituir isso!
Triste fico quando vejo nos olhos das pessoas que amo a necessidade de algo que não lhes consigo dar, sinto como doença incuravel e eu desejar ser curandeira, triste fico quando me sinto impotente perante dores que tomo como minhas e me apertam a alma de tal forma que espadas não sentiria se me perfurassem nesse momento...
Só desejo para quem amo que sejam felizes e possam sentir felicidade no prazer de simplesmente viver, aproveitem o sol, ele vai ficar cá, mas nós todos não!

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