segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pfffhhh.....


Uma tristeza diária invade-me, sensação de pronto e é isto, será sempre isto daqui para a frente... acabou o tempo para ti, para a diversão, para os amigos, sim que esses poucos que tenho estão sempre longe, ocupados, sem tempo e a correr para não sei onde! À medida que se cresce, se entra na idade adulta, vão diminuindo os amigos e o tempo que nos dedicam, cada vez se adia mais aquele café, aquele jantar, aquele copo na esplanada... deixa-me triste, não só o tempo frio e cinzento mas o cinzento que teima em persistir neste meu coração... Sinto-me esquecida, dias e dias, pela familia e amigos... antes a minha maior companhia quando tinha de estar em casa de cama era a minha gata, agora é a minha filha, que ora dorme ora berra ora chora, e eu ando sempre na correria de biberoes, lavar roupa vomitada ou borrada, troca de fraldas e roupa, banhos e embalar, sou um zombie ha mais de 2 meses, não peço ajuda, odeio recusas, e sim teria apenas recusas...
Sinto saudades do sol quente na minha face, de sentir prazer em rir, de rir com vontade, de sentir paixão, de sentir o sangue ferver-me nas veias!!
Sei que muitas vezes felicidade é o que se tem e nem nos damos conta, eu dou conta e valor, e sou feliz com o que tenho... mas tenho tantas saudades... do que já tive... da liberdade, da não preocupação, de não ter de ir trabalhar, de não ter nada para fazer, de poder dormir quanto me apetece até quando me apetece...
Quem dera que seja só uma fase....de nuvens carregadas de chuva...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Voces...


Sai de casa, desta vez fiz as malas... ela ficou aos berros no quarto, os insultos já não me magoavam mas sim aquela sensação de falta de... espaço, liberdade... jurei nunca mais voltar aquela casa, rumei nessa tarde à praia... sentei-me numa esplanada respirava aquela brisa suave e fresca, vi-a as miudas sem compromissos e sem responsabilidades, sem tempo contado, a comprar um gelado, a passear, a rir... sorri... recordei-me do sorriso dela quando a conheci, e o que mais me derretia o da nossa filha, pequenina que fizemos com tanto amor e carinho... liguei a um amigo para ficar uns dias em casa dele até quem sabe comprar uma casa para mim... nessa noite jantei com ele e recordei-me da confusão que já sentia falta, a minha filha a berrar pelo leite eu e ela a decidir quem jantava depois, a cobrança do dia anterior e de quem era a vez agora... o meu amigo saiu eu fiquei... queria descansar.. deitei-me no silencio e recordei-me do gargalhar da minha filha quando a deitava no meu peito mal me deitava na cama... da minha mulher me acariciar o cabelo e perguntar ao meu ouvido se estava cansado ou desejava uma massagem para relaxar... das vezes que fizemos amor, sexo ou simplesmente nos acariciamos com alguma malicia, vontade ou desejo...
Dia seguinte acordei... não tinha o pequeno almoço pronto à minha espera, nem a minha filha a acordar e a sorrir-me cheinha de soninho... estava tudo sossegado, demasiado sossegado... queria ouvi-la, ouvi-las... queria voltar a sentir-me parte de uma familia, da MINHA familia... queria de volta o que deixei para tras, o que abandonei por falta de paciencia, por ter ido ao limite do que achava ser uma prisão, sufoco e tortura mental... afinal elas eram o meu mundo, elas SÃO o meu mundo e dava tudo para as ter de volta...

Não precisava esperar nem mais um dia... um chegou para lhes sentir a falta, para me sentir tão vazio que tinha pena de mim, chorava como um bébé e assim fui sem conseguir parar o caminho todo de regresso à casa que ainda chamava de minha, de NOSSA.

Quando entrei a minha mulher segurava no seu bendito colo o nosso fruto do amor... pus-me de joelhos... sorri ainda a chorar e estendi os braços pa minha filha que abriu aqueles olhos de anjo e me sorriu... recebeu-me da forma mais doce que alguem alguma vez me recebeu... beijei a minha mulher e disse :

"Sem voces não sinto liberdade, sinto... falta de ar!Sinto-me vazio...voces sao o meu mundo, e tudo o que importa!"

sábado, 21 de janeiro de 2012

.....


A mulher que é fixa de um homem ele toma-a muitas vezes por garantida e certa nem sempre dando o valor merecido ou mexendo com ele de forma fisicamente forte... mas essa mesma mulher é novidade e fruto proibido e apetecivel para tantos outros! Don´t forget it

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Traição


Hoje quero escrever sobre este tema controverso, quase que parece ser tabu, ninguém gosta muito de falar sobre ele, ninguém quer ser traido no entanto muitos são os traidores... numa relação.
As pessoas tratam muitas vezes a traição como uma doença sem cura, como se "eu não quero saber nem pensar pois espero que a mim não me aconteça!"
Já há muitas decadas e acho que desde sempre que a maior parte das culturas educa os filhos sobre a base da fidelidade como se fosse respeito e sinceridade, o viver apenas para um ser e não ter contacto fisico com mais ninguém.
Eu mesmo tendo receio de (voltar a ) ser traida e sentir essa facada ( mais a sensação de "quem foi a vaca que o seduziu? Era melhor que eu??" ) tenho de falar de traição como algo intrinseco no ser humano, algo da sua natureza, instintivo e de certa forma impossivel de controlar.
Ainda bem que não conseguimos ler pensamentos uns dos outros, então aí é que a monogamia morria! Por mais que ocupemos o cerebro, por mais que amemos uma pessoa, e nos dediquemos a ela, o pensamento pode fugir para alguém que passa, que nos sorri ou que nos fala ou vemos numa revista...
Não há forma de evitar, não há forma de nunca suceder...
Sim é traição, desejar outro alguém, e passar à pratica mais ainda... no entanto deveriamos compreender pois é da nossa natureza, e nada tem a ver com o Q.I. no entanto parece que ninguém compreende e que apenas se sente revoltado, magoado e lesado com ve ou sabe que foi alvo de traição.
Foi apenas um desvio do pensamento que passou à pratica, sim parece que estou a simplificar e a diminuir e levezar a magnitude de tal acto.
Não, estou apenas a explicar que complicamos o que está entranhado em nós... o desejo, o instinto selvagem, a parte animal que nunca será eliminada por mais parte cerebral que desenvolvamos...
As relações carecem de fidelidade fisica? Arrisco a dizer que já conheci quem muito ama e se dedique e seja amigo, amante e companheiro mas infiel... partilha o seu corpo em momentos fisicos, saceia fome sexual, sem deixar que lhe marque o coração ou que lhe diminua o amor pela pessoa principal, pela eleita por aquela que faz sim o coração sentir-se mais apertadinho e confortavel...
Não temos de ser radicais e de ver tudo como um crime, não temos de esquecer o dom do perdão, não temos de saber os segredos fisicos de toda a gente, não temos de ser um livro aberto para ninguém... e isso não faz com que deixemos de amar, de nos entregarmos e de sermos tão unicos com uma só pessoa...